Como usar o visual merchandising no varejo?

Neste artigo, você vai aprender o que é visual merchandising e quais as vantagens de usá-lo direitinho se quiser faturar mais e tornar sua marca inesquecível.

Por Inovar 29 de Maio de 2024 - Atualizado em 31 de Maio de 2024 9 min. de leitura
Como usar o visual merchandising no varejo?

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O visual merchandising é uma estratégia de marketing focada em criar uma lógica de visualização dos produtos e da marca dentro de um ponto de venda para estimular os sentidos dos consumidores e tornar sua experiência de compra inesquecível.

Ele tem tudo a ver com estar atento(a) às necessidades e preferências do público-alvo para entregar diferenciação em relação à concorrência e prova que, no mundo do varejo, produtos de qualidade e bom atendimento são fundamentais, mas é possível ir mais longe.

Continue lendo para descobrir como aplicá-lo para tornar seu ambiente mais atrativo, acolhedor, organizado e interessante!

O que é visual merchandising?

Apesar de ter começado com a ideia de usar tudo o que estava ao alcance da visão para atrair a atenção do cliente, a estratégia passou a abranger também os outros sentidos – audição, tato, olfato e paladar – e não só o visual – de muitos anos para cá.

A primeira vez que o varejo ouviu falar da proposta foi na década de 30, nos Estados Unidos, quando algumas lojas começaram a investir pesado em vitrines capazes de despertar o desejo das pessoas de entrar para conhecer os produtos.

Com o passar do tempo, o visual merchandising agregou os outros sentidos como parte fundamental de uma boa jornada de compra e passou a ser considerado, basicamente, um conjunto de ações capazes de estimular as mais variadas sensações que levem a uma experiência diferente da oferecida pelos concorrentes.

E ele requer planejamento! Tudo deve ser pensado em prol de tornar um estabelecimento, bem como aquilo que é vendido nele, o mais chamativo e agradável possível.

Como funciona o visual merchandising?

A proposta aqui é usar recursos visuais, como vitrine, cores, decoração e displays, para atrair a atenção do público-alvo e proporcionar uma experiência de compra única, além de encantar o cliente através do ambiente do seu varejo com outros estímulos sensoriais.

Experimente seguir dicas como estas!

  • Visão: o estabelecimento deve ser bonito e bem decorado, iluminado com as luzes certas, e os produtos precisam estar bem dispostos e organizados.
  • Audição: uma música ambiente e até efeitos sonoros podem criar uma atmosfera convidativa e agradável. Aprofunde-se sobre uma outra estratégia chamada “sound branding”, que pode complementar suas ações.
  • Tato: climatize o espaço, evitando que ele fique muito frio ou quente demais. Além disso, embalagens e detalhes espalhados pela loja ou até específicos de alguns produtos que envolvam o trabalho com diferentes texturas também ajudam a estimular este sentido.
  • Olfato: experimente aromatizar o ambiente de acordo com a proposta da marca! Uma cafeteria, naturalmente, terá cheiro de café, mas é possível aplicar essa ideia a qualquer negócio usando perfumes, velas ou incensos, por exemplo.
  • Paladar: ofereça snacks, biscoitinhos, sucos ou até um espumante para a experiência ser completa. Outra opção é criar um “cantinho do café” para os clientes se servirem.

Você pode explorar um, alguns ou todos os cinco sentidos, tudo vai depender da proposta da marca, dos seus objetivos como empreendedor(a) e, claro, da sua verba no momento.

Quais as vantagens do visual merchandising?

Muito além do conceito, a estratégia traz vantagens práticas que refletem diretamente no seu faturamento e na percepção do público sobre a sua empresa.

A lista é vasta, mas alguns benefícios merecem destaque quando se fala sobre como o visual merchandising aumenta as vendas no varejo:

  • fortalecimento da identidade de marca;
  • mais chances de a loja se tornar memorável para o consumidor;
  • atração de novos clientes;
  • crescimento do ticket médio através da disposição estratégica dos produtos nas vitrines e prateleiras, com um item complementando o outro;
  • consumidores mais felizes, passando mais tempo na loja, dispostos a dar ouvidos às sugestões dos vendedores e, consequentemente, comprando mais;
  • fidelização e retenção;
  • propaganda boca a boca ou através de avaliações positivas feita pelos próprios defensores da marca; e
  • compartilhamento de fotos e vídeos do ambiente, tornando-o conhecido também nas redes sociais.

Quando você compra uma calça, se um cinto está sendo vendido logo no expositor ao lado, as chances de adquiri-lo também aumentam, certo? E quem nunca quis o cheiro daquela loja de roupas de cama dentro de casa ou cedeu à tentação de entrar num estabelecimento porque ficou curioso(a) com o que ficou na vitrine?

Além disso, algum amigo seu certamente já publicou no Instagram uma foto naquele ambiente super descolado de uma marca… Tudo é visual merchandising!

E dá para colocar algumas coisas em prática por conta própria, mas, para outras ações, talvez seja melhor contar com especialistas. Continue lendo.

Visual merchandiser: quem é e qual a sua função

Visual merchandiser é o profissional responsável por cuidar da estratégia de visual merchandising. Seu trabalho é estudar o comportamento do consumidor, os objetivos da loja e o espaço físico disponível para, em seguida, criar ações que farão parte da estratégia.

O visual merchandising aplicado pelo especialista costuma ter a ver com mudanças na decoração, no formato de exposição dos produtos e até no espaço de circulação do público dentro do ambiente, por exemplo.

Agora, se você preferir se arriscar em mudar as coisas por conta própria, estude temas como esses e, acima de tudo, esteja disposto(a) a fazer testes e experimentar erros e acertos até obter resultados.

8 dicas de como colocar o visual merchandising em prática

Se você está aplicando essa estratégia pela primeira vez, aqui estão alguns passos para acertar logo de cara: entender seu público, focar na vitrine e caprichar na disposição dos itens.

Tem mais! Anote o que achar válido dos detalhes adiante.

1. Entenda bem o seu público

Antes de realizar qualquer ação, pense em quem você deseja alcançar e, preferencialmente, execute uma pesquisa de mercado para conhecer o público-alvo do seu varejo, assim você evita erros e cria uma atmosfera ideal em cada detalhe.

2. Priorize ter uma vitrine de encher os olhos

Sua vitrine será o primeiro contato dos clientes com a marca e os produtos: destaque os itens mais vendidos ou aqueles que você mais quer vender e evidencie a identidade visual do negócio, só tome cuidado para a iluminação não ser nem clara e nem escura demais e aposte em itens de decoração se fizer sentido para a proposta do negócio.

3. Cuidado com a disposição dos itens na loja!

Organize seus produtos de forma lógica e que facilite vendas complementares ou adicionais, a exemplo do cross-selling e up-selling.

  • Na área de camisas sociais, inclua gravatas e abotoaduras
  • Se você comercializa biquínis, não deixe de expor cangas e acessórios no mesmo local
  • Numa loja de jóias, mesmo no setor dos anéis, deixe algumas pulseiras e conjuntos à mostra
  • E assim por diante

Busque sempre motivar o cliente a se interessar por outros produtos, sem que ele sequer perceba!

4. Implemente uma iluminação estratégica

E faça isso não só na vitrine como em toda a loja.

Além da iluminação geral do ambiente, use pontos de luz para guiar os clientes até os produtos que você quer deixar em destaque. Luminárias e lustres mais focados vão chamar a atenção de muita gente, levando-as exatamente ao que você deseja evidenciar.

5. Tenha embalagens únicas

O visual merchandising continua mesmo após a compra, então, seu objetivo também precisa ser manter a marca na mente do cliente por um bom depois depois que ele chegar em casa.

Ter uma embalagem diferente, criativa, com textura e, claro, com a sua logo estampada agrega à experiência.

6. Explore músicas e aromas

Faça uma playlist pensando nos gostos da sua freguesia, na estação do ano ou até num momento comemorativo ou escolha algumas músicas ambiente que vão sempre tocar na sua loja.

Em paralelo, aposte num aroma que tornará o seu espaço diferente de qualquer outro. Você pode até conversar com alguém que entende do assunto e encomendar um perfume só seu!

A audição e o olfato completam o ciclo de sentidos capazes de transformar qualquer experiência.

7. Conte uma história

O storytelling é um recurso poderoso que pode deixar sua estratégia de visual merchandising muito mais completa, e, ao criar uma narrativa sensorial cativante, você faz seu cliente mergulhar ainda mais na experiência de consumir do seu negócio.

Inspire-se pelo exemplo de visual merchandising que tem como protagonistas as ações de Marina, dona de uma loja de relógios e acessórios!

  • Marina lançou uma coleção inspirada na cidade de Londres.
  • Seu produto principal é um relógio masculino dourado com design que remete ao Big-Ben, famoso relógio britânico.
  • A ambientação da loja remete 100% à capital da Inglaterra: a decoração do corredor principal foi feita com tijolinhos iguais aos das casas londrinas, a luz é um pouco mais baixa e há cartazes com marcos históricos.
  • A caixa do relógio se parece muito com a típica cabine de telefone vermelha encontrada por toda a cidade.
  • O cliente ainda pode tomar um chá das 5 enquanto faz as compras, seguindo a tradição que surgiu na realeza inglesa.
  • Acima do produto, em exposição na vitrine, há a imagem de um homem bem vestido, usando o próprio relógio, com o Palácio de Buckingham ao fundo.

Percebe como os detalhes se conectam, criando uma narrativa completa que leva à aquisição do item (e talvez muito mais longe)?

8. Comece o quanto antes

Não se preocupe em implementar tudo de uma vez, da noite para o dia: apenas comece! Faça o que você pode fazer, estude muito e, se achar oportuno ou necessário, volte alguns tópicos neste artigo e procure por um visual merchandiser para otimizar ainda mais os seus resultados.

Aos poucos, você vai perceber que até a psicologia das cores é usada no visual merchandising e que de nada adianta uma loja cujo principal valor é a sustentabilidade insistir, por exemplo, em tons vermelhos em vez de tons verdes ou azuis, da mesma forma que um estabelecimento com público-alvo composto só de executivos dificilmente conseguirá sucesso se decidir adotar fachada, propagandas, produtos e embalagens extremamente coloridos.

E sua marca se tornará mais valorizada, assim como será cada vez mais capaz de agregar valor à vida de cada cliente.

Mudanças positivas ainda poderão justificar, num futuro próximo, uma cobrança de preços um pouco mais elevados que os da concorrência sem que ninguém torça o nariz para isso! Experimente utilizar um ERP específico para o varejo se quiser monitorar seu esforço para saber onde ajustar os ponteiros.

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