Já pensou em adotar um olhar mais estratégico para administrar os processos, recursos e objetivos do seu negócio? A gestão estratégica envolve um ciclo de planejamento, execução e acompanhamento constantes que permitem tomar decisões mais assertivas, enxergar oportunidades e corrigir a rota quando necessário.
Pode não haver uma receita infalível para alcançar o sucesso no varejo, mas, com uma gestão estratégica, é possível enxergar o caminho, preparar o terreno e descobrir as ferramentas que ajudarão a sua loja a chegar lá!
Para isso, há algumas técnicas e boas práticas de mercado que sua empresa pode utilizar para chegar mais próxima dos seus objetivos. Siga na leitura para conferir quais são elas!
Para começar, o que é gestão estratégica?
Gestão estratégica é um conjunto de ações de gerenciamento dos recursos e processos de uma empresa, totalmente alinhado com sua missão e seus valores, que visa alcançar objetivos a longo prazo. Quando bem feita, essa gestão ajuda a direcionar o negócio com clareza, conectando todos os segmentos em prol do atingimento de metas.
Na prática, esse modelo contribui para garantir que a operação do dia a dia esteja, de fato, alinhada com os propósitos da empresa; que os resultados possam ser medidos e o trajeto reajustado antes de desperdiçar tempo e recursos no caminho errado.
O mais interessante nesse tipo de gestão é que ele pode ser aplicado tanto em grandes quanto em pequenas empresas, e adaptado a depender do momento do negócio e das necessidades e objetivos identificados.
E por que uma gestão estratégica é importante para o setor varejista?
A importância da gestão estratégica no varejo é ainda mais evidente, já que se trata de um segmento no qual as mudanças nos hábitos de consumo, nas tecnologias e nas condições econômicas podem impactar rapidamente os negócios.
A visão estratégica na gestão do varejo ajuda a direcionar as ações não só para garantir a sobrevivência do negócio, mas para melhorar a eficiência operacional, aumentar o diferencial competitivo, a satisfação do cliente e a prosperidade a longo prazo!
Não à toa os principais benefícios da gestão estratégica refletem bem isso, visto que ela:
- garante melhor aproveitamento dos recursos, como tempo e dinheiro;
- reduz riscos;
- melhora o engajamento do time;
- abre oportunidades para inovação e crescimento;
- permite tomadas de decisão mais assertivas;
- favorece a adaptação a mudanças; e
- alavanca resultados.
Só que não existe um só tipo de gestão que garanta todas essas vantagens. Entenda a seguir!
4 principais tipos de gestão estratégica para conhecer
Uma abordagem estratégica para a sua gestão pode ser traçada dentro de quatro estágios de foco: sobrevivência, manutenção, crescimento e desenvolvimento.
1. Gestão estratégica de sobrevivência
Imagine que sua empresa está passando por uma crise financeira ou sofreu uma queda brusca nas vendas que impactou bastante o orçamento. A abordagem, nesse caso, deve ser focada em manter a empresa funcionando em momentos críticos.
Assim, a estratégia será planejada tendo como prioridade a redução de custos e o ajuste das operações, para evitar o pior e garantir a continuidade do negócio.
2. Gestão estratégica de manutenção
Empresas que estão consolidadas e já detêm uma boa fatia do mercado podem pensar em uma estratégia de manutenção, para garantir a continuidade dos negócios de maneira saudável. A gestão, nesse cenário, buscaria estabilizar as operações e manter a participação de mercado sem grandes mudanças ou inovações.
3. Gestão estratégica de crescimento
Quando o objetivo for expandir suas operações, alcançar um maior público ou lançar novos produtos, a estratégia certa a seguir é a de crescimento! Neste modelo, as ações serão planejadas visando aumentar a receita e fazer a empresa crescer, e os indicadores de vendas serão seus melhores amigos nesse processo.
4. Gestão estratégica de desenvolvimento
A estratégia de desenvolvimento também busca prosperar, mas vai além do mero crescimento. Ela é centrada no aprimoramento do negócio e na criação de vantagens competitivas, o que significa, basicamente, desenvolver diferenciais para se destacar no ramo!
As oportunidades podem incluir a melhoria dos produtos, serviços ou processos, a adoção de parcerias estratégicas ou inovações, por exemplo.
Gostou de alguma dessas opções? Então, é só seguir o passo a passo para colocar a roda operacional estratégica para girar!
Como fazer uma gestão estratégica em 4 etapas simples
Para que a gestão estratégica funcione, ela deve envolver toda a estrutura organizacional, para que as ações ocorram de maneira integrada e seguindo um propósito comum na empresa toda. Além disso, o processo deve ser contínuo, tendo como ponto de partida o entendimento do cenário atual e a definição de onde se quer chegar, para só então montar um plano de ação.
Na prática, você pode adotar a gestão estratégica a partir de quatro etapas: diagnóstico, formulação, implementação e análise.
Etapa 1: diagnóstico
Comece avaliando a situação atual da empresa através de uma análise interna e externa, para entender em que patamar ela está, seus desafios, oportunidades de ajustes e crescimento.
Internamente, identifique suas forças e fraquezas, como recursos financeiros, equipe, capacidade produtiva, tecnologias, processos e cultura organizacional.
Externamente, avalie o mercado, para identificar possíveis ameaças ou oportunidades. Por exemplo, você pode pesquisar sua concorrência, tendências de consumo, situações econômicas ou outros fatores externos que podem impactar o negócio.
Essa primeira análise, inclusive, indicará qual dos quatro tipos de gestão estratégica sua empresa precisa e os objetivos a serem alcançados.
Etapa 2: criação do plano de ação
Com o diagnóstico em mãos, é hora de definir o rumo do negócio. Nesta fase, é fundamental que toda a empresa tenha clareza sobre a visão – onde a empresa quer chegar a longo prazo – e missão da organização – sua razão de existir.
A partir dessas definições, estabeleça objetivos claros e alinhados aos propósitos da empresa, e comece a traçar um plano de ação com as estratégias práticas para alcançá-los. Ele pode partir de melhorias operacionais, ajustes no quadro de funcionários ou ações de marketing, por exemplo.
É importante que esse plano de ação inclua a descrição detalhada das atividades, com um cronograma bem definido para finalizar cada atividade, responsáveis e recursos necessários. E não esqueça de ser realista aqui: uma ação inalcançável, além de muito provavelmente não ser atingida, pode frustrar o seu time também.
Etapa 3: implementação
Esta é a etapa em que as estratégias saem do papel! Para a implementação das ações, providencie a alocação dos recursos necessários, incluindo orçamento, pessoal, tecnologias e tempo.
Durante a execução, os líderes devem coordenar as atividades, monitorar o progresso e resolver possíveis problemas que surgirem.
Para que as ações planejadas ocorram de maneira eficiente, garanta também uma comunicação clara em todos os níveis da empresa, para que todas as equipes e departamentos compreendam seu papel na execução do plano estratégico e sintam-se também motivados e comprometidos com o sucesso das ações.
Etapa 4: acompanhamento
Não se esqueça de que o trabalho não termina na implementação das ações: o acompanhamento constante garante que o progresso das estratégias seja monitorado e ajustado conforme necessário.
Pode ser uma boa ideia estabelecer indicadores-chave de desempenho (KPIs) que permitam avaliar as ações mais assertivamente, com base em dados. Use, por exemplo, as métricas de desempenho das campanhas de marketing para acompanhar os progressos.
Com os insights gerados nesse monitoramento, você pode fazer correções estratégicas, redirecionar recursos ou adaptar ações para garantir que as metas sejam alcançadas de fato.
Por falar nisso, que tal aumentar suas chances de sucesso conhecendo agora mesmo técnicas e ferramentas que farão toda a diferença no processo?
Técnicas e ferramentas para gestão estratégica que você pode precisar
Existem algumas metodologias e ferramentas da gestão de processos que funcionam perfeitamente para apoiar a gestão estratégica de uma empresa. Elas servem como uma base para organizar as ideias, planejar, ajustar, acompanhar e avaliar os processos implementados de forma a alcançar os objetivos de maneira eficiente.
Vale entender qual se encaixa melhor nos seus objetivos e no seu modelo de operação, mas você vai ver que todas elas podem ser úteis nas etapas de implementação mencionadas anteriormente.
Veja só!
- Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act): as quatro etapas sugeridas para implementar sua gestão estratégica se baseiam exatamente nessa metodologia, que consiste em planejar, executar, checar e agir! Você pode utilizá-la tanto para estruturar a sua gestão como um todo quanto para aplicar melhorias contínuas em alguma operação específica.
- Objectives and Key Results (OKR): os OKRs são perfeitos para o seu momento de análise porque definem os objetivos do negócio e estabelecem cada um dos resultados-chave que devem ser obtidos para alcançar essa meta. Use-os na etapa de formulação da sua gestão estratégica.
- Balanced Scorecard (BSC): este sistema ajuda a alinhar as atividades com as estratégias planejadas de maneira equilibrada em todos os segmentos da empresa. Para isso, propõe distribuir as ações e indicadores dentro de quatro perspectivas principais – financeira, clientes, processos internos e aprendizado/crescimento.
- Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats): esta ferramenta de análise estratégica avalia as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma organização, e vai ajudar você a realizar um diagnóstico preciso do seu negócio!
- 5W2H (What, Why, Where, When, Who, How, How Much): use estas sete perguntas essenciais para qualquer plano de ação – o quê? Por quê? Onde? Quando? Quem? Como? Quanto? –, assim, você garante que nada passe batido e não reste nenhuma dúvida sobre os processos que serão colocados em prática!
- Enterprise Resource Planning (ERP): um sistema de gestão empresarial vai ajudar você a colocar toda essa estratégia em prática no dia a dia. Utilizando um ERP focado no varejo, você conseguirá integrar os processos de toda a empresa, automatizar atividades, centralizar informações e ter uma visão abrangente e atualizada de toda a operação.
E, para fechar com chave de ouro, vale ressaltar: a gestão estratégica não tem uma receita única e infalível: é um ciclo contínuo e dinâmico de desenvolvimento. Então, fique atento(a) às necessidades de adaptações, desafios internos e mudanças no mercado para manter seu negócio sempre bem posicionado e alcançar seus objetivos de maneira estratégica.
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