Big Data no varejo: quais as vantagens e como utilizar?

Big Data no varejo: conheça as vantagens de utilizar na sua empresa, e como fazer de um jeito rápido e eficiente para vender mais. Confira!

Por Inovar 29 de Novembro de 2024 - Atualizado em 03 de Dezembro de 2024 10 min. de leitura
Big Data no varejo: quais as vantagens e como utilizar?

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No varejo, o Big Data pode ser usado para conhecer melhor os seus clientes, aumentar as vendas, otimizar o estoque, identificar padrões e guiar decisões estratégicas da empresa.

As compras feitas na sua loja, a forma de pagamento usada por cada consumidor, elogios e reclamações, tudo isso pode ser uma fonte valiosa de informações que, se usadas de forma inteligente, podem lhe dar uma grande vantagem competitiva frente à concorrência, sabia?

Explore este conteúdo para descobrir o que é o Big Data, quais suas vantagens e as melhores formas de utilizá-lo no seu setor!

O que é Big Data: explicação simples

Big Data é um termo usado para se referir ao grande volume de dados gerados por diversas fontes, como e-commerce, redes sociais e sistemas de gestão empresarial, os ERPs. Tudo o que acontece nesses ambientes fica registrado, e pode ser aplicado de forma estratégica por empreendedores.

No varejo, isso significa ter acesso às informações de compras, hábitos e preferências dos clientes, entradas, saídas e perdas no estoque, além de resultados de campanhas de marketing.

Transformar esse acúmulo de dados em conhecimento é o que realmente ajuda nas tomadas de decisões e, para que isso aconteça de fato, existem 5 Vs que devem ser considerados pelas empresas ao pensar em Big Data.

  • Volume: a quantidade de informação coletada.
  • Velocidade: a rapidez com que os dados são produzidos e analisados.
  • Variedade: a diversidade de dados. Quando se fala em Big Data é importante que as informações venham de mais de uma fonte, como de um ERP, das redes sociais, da máquina de cartão e do feedback de clientes.
  • Valor: trata da relevância. As informações coletadas precisam ter valor estratégico para a empresa na hora de tomar decisões. 
  • Veracidade: diz respeito ao quanto se pode confiar nos dados em questão. 

Juntos, esses pilares caracterizam o Big Data e servem como uma bússola na hora de enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades. 

E por que você deve usar o Big Data no varejo?

Você deve usar esse recurso porque as aplicações de Big Data no varejo são bastante práticas e refletem diretamente no faturamento, na aquisição de novos clientes, na otimização da logística e na criação de novas estratégias de venda.

Vai um exemplo prático aí? Joana, dona de uma loja de roupas, enfrentava desafios para aumentar as vendas e atrair clientes. Porém, ao analisar o Big Data, ela começou a estudar os hábitos de compra e descobriu que as sextas-feiras à noite eram os horários mais movimentados para vendas de vestidos. 

Com base nessa informação, Joana pôde criar promoções específicas, aumentando as vendas em 40%.

Os dados também revelaram que as compradoras buscavam sapatos combinando com as roupas, mas desistiam de comprar por falta de opções. Joana, então, ajustou o estoque com mais opções de sapatos e ofereceu combos promocionais para quem levasse um vestido e uma opção para os pés, o que acabou aumentando o seu ticket médio

Tudo isso só foi possível quando Joana passou a usar os dados das ferramentas disponíveis na loja para criar ações mais estratégicas. Interessante, né?

Além disso, seria desperdício não aproveitar todas as vantagens que esse compilado de dados tem a oferecer à sua loja.

Principais vantagens de usar Big Data no varejo

Algumas das vantagens de usar Big Data por aí incluem uma melhor compreensão dos gostos do cliente, personalização de ofertas e uma ajuda mais do que bem-vinda na previsão de demanda.

  • Compreensão do cliente: o primeiro passo de qualquer empresa que almeja o crescimento é compreender o público-alvo e, através de várias fontes, o Big Data compila informações sobre os consumidores, permitindo o desenvolvimento de novas estratégias de venda.
  • Marketing: a importância do Big Data no marketing de varejo está relacionada ao uso inteligente das informações obtidas com o objetivo de melhorar a comunicação com o público, o que melhora a eficiência das ações de marketing e permite a criação de anúncios e ofertas muito bem segmentadas. 
  • Decisões estratégicas: as informações fornecidas pelo Big Data são ótimas aliadas para guiar as decisões da empresa através de dados reais sobre o negócio, promovendo uma cultura na qual as decisões são tomadas com base em informações relevantes, e não apenas na opinião pessoal dos gestores.
  • Aquisição e fidelização de clientes: com as informações obtidas e uma boa segmentação, as campanhas tendem a atrair mais pessoas. Esse nível de detalhe também ajuda na elaboração de uma experiência de compra que seja relevante para o consumidor, aumentando o grau de fidelidade à empresa.
  • Previsão de demanda: seus sistemas fornecem informações importantes sobre a procura futura de determinados produtos, tornando a gestão de estoque muito mais eficiente. Dessa forma, você pode focar em abastecer o depósito com os produtos mais procurados, e evita o desperdício de recursos em itens que não vendem tão bem. 
  • Identificação de padrões: fica mais fácil analisar o comportamento de consumo dos clientes ao longo do tempo, revelando tendências e preferências com base no histórico do que já foi comprado. Além disso, com os dados certos, fica muito mais fácil identificar oportunidades e possíveis picos de venda em datas comemorativas ou em determinados períodos do ano.

Gostou dos benefícios e quer aprender a usar essa ferramenta no seu negócio? O próximo tópico dá conta do recado!

Como utilizar Big Data no varejo em 4 passos simples

Comece pelo processo de coleta de dados, reunindo informações de todas as fontes possíveis. Em seguida, faça uma análise detalhada delas para identificar as oportunidades e desafios e, por fim, tome decisões mais estratégicas.

1. Comece coletando os dados disponíveis

O processo de uso de Big Data em uma loja começa na coleta de dados. O objetivo, aqui, é reunir o máximo de informações sobre o cliente e todos os setores da organização, o que inclui:

  • número de vendas;
  • taxa de devolução;
  • desistência de carrinho no e-commerce;
  • falta de produtos no estoque;
  • pico de vendas de um determinado item;
  • método de pagamento mais usado; e 
  • qualquer outro dado que você puder reunir.

Busque-os nas mais diversas fontes, como redes sociais, plataforma de e-commerce, e-mail marketing, relatórios de anúncios online, reclamações e sugestões do público, sistemas de relacionamento com o cliente (CRM), entre outros.

Um bom ERP para o varejo, por exemplo, pode ser uma das fontes mais valiosas, já que esse tipo de sistema centraliza todas as informações relacionadas à operação, como estoque, vendas, clientes, fornecedores, pós-vendas e mais.

É por isso que, ao pensar em Big Data no varejo, o ERP é a peça-chave que conecta todas as outras etapas. E, se você ainda não o usa, busque um sistema de gestão feito para varejistas ainda hoje. 

2. Analise as informações de forma estratégica

Todo esse volume de informações só possui valor se for analisado com inteligência, caso contrário, são apenas números soltos sobre o seu negócio. Por isso, depois de levantar todos os dados possíveis, chegará a hora de identificar desafios e oportunidades.

Exemplo: dizer que a empresa faturou 20% a mais no mês de abril é apenas uma informação. Fazer a análise dessa informação seria, por exemplo, demonstrar que, em abril, um novo produto vendeu tanto no seu lançamento que aumentou o faturamento da empresa em 20% só naquele mês.

Percebe como a abordagem muda? Dessa forma, você saberia que o aumento nas vendas não é sazonal, e sim que ocorreu por conta do lançamento de um novo item, o que pode ser um bom sinal para programar novas “estreias” em meses nos quais o faturamento costuma ser mais baixo.

3. Elabore um plano de ação 

O objetivo de coletar e analisar os dados é usá-los como guia na hora de tomar decisões, seja sobre a estratégia de marketing, planejamento de estoque, ajuste de preços, lançamento de novos produtos ou vários outros aspectos.

Continuando o exemplo anterior, do aumento de 20% nas vendas, que tipo de ação poderia ser tomada com os insights gerados pela análise dos dados?

A empresa deve aumentar o estoque desse novo produto que vendeu tão bem?

É melhor descontinuar outros produtos para liberar mais espaço no estoque para a novidade?

Será que o varejo deve investir pesado em marketing para que mais pessoas o conheçam?

A resposta vai depender de diversos fatores: o momento da loja, a verba disponível para anúncios e o estoque disponível são partes de um contexto que precisa ser analisado de forma única em cada organização.

Mesmo que a ação tomada seja diferente de acordo com o contexto mencionado, percebe que os dados analisados servem de base para a decisão, seja ela qual for?

Não adianta reunir várias informações, fazer uma grande análise e continuar parado(a). É preciso tomar as rédeas e agir de acordo com os interesses da sua empresa.

4. Use a tecnologia a seu favor

A coleta e a análise de dados são fundamentais na estruturação das suas estratégias. Agora, imagine ter que fazer tudo isso à mão. Parece impensável, não acha?

Como você já viu, as ferramentas digitais são grandes aliadas do Big Data pois, além de reunir informações em um ritmo mais acelerado, permitem uma análise clara e assertiva antes de escolher qual caminho a empresa deve seguir.

Lembra dos 5 Vs do Big Data: volume, velocidade, variedade, valor e veracidade? Se você quiser gabaritar todos esses requisitos, o jeito é contar com um ERP de confiança, capaz de atender às demandas do seu negócio.

E, para fechar com chave de ouro, que tal conhecer a história de algumas grandes varejistas que têm usado dados para alavancar seus lucros? Inspire-se!

Como o Big Data tem transformado o varejo: 3 exemplos para se inspirar

Da Magazine Luiza à Amazon, a equipe de especialistas em varejo da Inovar selecionou três cases de sucesso que usam o Big Data para garantir lucros exponenciais em suas receitas. 

Confira!

1. Magazine Luiza e a personalização de ofertas

A Magazine Luiza utiliza Big Data para analisar o comportamento de seu público, através de seus históricos de compras e interações online. Com essas informações, a gigante do varejo brasileiro personaliza ofertas e recomendações, aumentando a taxa de conversão e a fidelização dos clientes.

2. Amazon e suas recomendações personalizadas

A Amazon usufrui dos dados de navegação da clientela para analisar históricos de compras, itens visualizados e até mesmo o tempo gasto por um usuário em cada produto. Assim, a maior varejista do mundo consegue oferecer recomendações personalizadas, aumentando as taxas de conversão. 

Estima-se que 35% das vendas da Amazon venham dessas recomendações, sabia?

3. Starbucks e a escolha das localizações para novas franquias

A Starbucks, uma das maiores varejistas de café do mundo, usa e abusa do Big Data para definir a localização de suas novas lojas juntamente com pesquisas de mercado tradicionais. 

Os responsáveis pela operação de franquias da marca analisam dados demográficos, padrões de tráfego, proximidade de concorrentes e preferências locais para escolher locais estratégicos para abertura de novas lojas. 

Essa abordagem foi o que, inclusive, garantiu o sucesso das operações do Starbucks em diferentes mercados.

Gostou? Experimente essa facilidade da tecnologia e passe a explorar o Big Data por aí também!

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